Bilheterias EUA :: Homem-Aranha volta ao topo, tirando Pânico da liderança
Nas bilheterias norte-americanas, os filmes costumam estrear em sua melhor colocação possível, e semana após semana, perdem posições no ranking conforme novas estreias ocupam os principais lugares. No entanto, Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (2021) efetuou uma pequena proeza: após ser destronado por Pânico (2022) na semana anterior, voltou ao primeiro lugar. Isso se explica porque a produção da Marvel perdeu apenas 29,7% de faturamento em uma semana, enquanto o filme de terror perdeu 58,7% no mesmo período.
Assim, o último Homem-Aranha, estrelado por Tom Holland, arrecadou impressionantes US$ 14,1 milhões em sua sexta semana de exibição, chegando a US$ 1,69 bilhão acumulados no mundo inteiro. Isso leva o filme ao posto de sexta maior bilheteria de todos os tempos. Já Pânico, em segundo lugar, faturou US$ 12,4 milhões em sua segunda semana em cartaz. Apesar da queda forte, o saldo é positivo: com US$ 84,9 milhões no total, o “requel” já ultrapassa com folga o faturamento total de Pânico 4 (2011).
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Em terceiro lugar do ranking norte-americano, Sing 2 segue com excelentes resultados. Com mais US$ 5,7 milhões, ele chega a US$ 241,2 milhões mundialmente, tornando-se a animação de maior bilheteria desde o início da pandemia, superando os números de Os Croods 2: Uma Nova Era (2020). Em quarto lugar, aparece a melhor estreia da semana: Redeeming Love, romance cristão que arrecadou US$ 3,7 milhões apesar das críticas negativas. O top 5 é completado por King’s Man: A Origem, que se segura no top 5 há cinco semanas. Ele arrecadou US$ 1,8 milhão, chegando a US$ 105,3 milhões no total.
A segunda melhor estreia da semana nem sequer conquistou um lugar entre as maiores bilheterias da semana. A Filha do Rei (2022), filme de ação estrelado por Pierce Brosnan e Kaya Scodelario, conquistou míseros US$ 750 mil, apesar do lançamento em mais de 2 mil salas. Pronto desde 2015, ele não agradou aos produtores e foi engavetado pelos estúdios Paramount, antes de ser revendido ao Gravitas, que decidiu testá-lo no circuito comercial. No Brasil, a produção foi lançada diretamente em streaming.
Bruno Carmelo
Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.