Festival :: 44° FestCine Brasília

O 44° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro aconteceu entre os dias 26 de setembro e 03 de outubro de 2011, na capital federal, mas alguns dos seus títulos de maior destaque ainda permanecem inéditos nos cinemas de todo o Brasil. Por isso resolvemos reunir aqui os principais destaques deste ano – os premiados, os injustiçados, as surpresas e as consagrações desse que é o maior evento cinematográfico do país. Seis longas-metragens participaram da mostra competitiva oficial, e cinco deles – os principais vencedores – estão aqui reunidos, nesse artigo especial!

Hoje, de Tata Amaral

Melhor Filme, Atriz (Denise Fraga), Roteiro (Jean-Claude Bernardet, Rubens Rewald e Felipe Sholl), Fotografia (Jacob Solitrenick), Direção de Arte (Vera Hamburguer) e Prêmio da Crítica

“Esse é um prêmio efetivo, que permite que o filme seja lançado. Com ele poderemos chegar ao mercado”, afirmou a diretora Tata Amaral. E prometeu: “Nós vamos usar todas as nossas forças para fazer essa história chegar a todos os brasileiros”. A protagonista Denise Fraga, com medo de ficar gaga na hora do seu agradecimento, levou uma nota escrita por ela: “Este prêmio me deixa especialmente feliz. Estou sentindo um orgulho muito grande de estar na terra do cinema nacional, pisando nesse palco cheio de bichos do cinema. As pessoas costumam gostar de segmentar os gêneros. Um ator não pode fazer comédia e drama ao mesmo tempo. Por isso, agradeço a Tata que confiou em mim, que sempre fui identificada como uma atriz cômica, e me deu esse maravilhoso papel dramático”.

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Meu País, de André Ristum

Melhor Direção, Ator (Rodrigo Santoro), Montagem (Paulo Sacramento), Trilha Sonora (Patrick de Jongh), Júri Popular

“Não tenho palavras. Essa sensação aqui é incrível. Este é o prêmio mais importante da minha vida. Este é o festival mais importante do cinema brasileiro”, afirmou o diretor André Ristum, no palco, ao receber o Candango de Melhor Diretor. Já Rodrigo Santoro, ao receber o seu segundo Candango de Melhor Ator, declarou: “O reconhecimento no Festival de Brasília tem um valor simbólico e incomensurável. Ter tido o meu trabalho reconhecido aqui, com Bicho de Sete Cabeças, foi importante para o trajeto da minha carreira. Meu País fala do país que está dentro da gente e eu queria dedicar este prêmio ao meu pai”.

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Trabalhar Cansa, de Marco Dutra e Juliana Rojas

Melhor Atriz Coadjuvante (Gilda Nomacce)

“Sou atriz desde os 12 anos de idade. Quero dedicar esse prêmio a todas as pessoas que me acompanharam nesta trajetória e especialmente a Juliana Rojas e ao Marcos Dutra, que confiaram no trabalho de uma atriz desconhecida do grande público”, declarou, emocionada, Gilda Nomacce.

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As Hiper Mulheres, de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikiro

Melhor Som

“Agradeço ao meu povo, que trabalhou comigo, ao cacique que está aqui, às cantoras que trabalharam muito. É uma honra estar aqui. Nós somos brasileiros em primeiro lugar. O filme serve para todos vocês conhecerem melhor as nossas tradições. Nós fomos a Nova York e lá não tem mais indígena. Estão todos mortos. No Brasil, estamos vivos!”, declarou Takumã Kuikiro, que ao lado do cacique Kuikiro e de outros integrantes da equipe, incluindo índias e seus filhos de colo, agradeceram ao prêmio num dos momentos mais emocionantes de toda a cerimônia.

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Rock Brasília – A Era de Ouro, de Vladimir Carvalho

Recebeu o Prêmio Saruê, conferido pela equipe de cultura do jornal Correio Braziliense.

“Estou vivendo uma duplíssima emoção. Por ter essa orquestra aqui tocando ao vivo, por ter visto a retrospectiva do festival na tela e por ter recebido este prêmio Saruê, que tem nome inspirado no meu filme (O País de São Saruê)”, afirmou, emocionado, Vladimir Carvalho.

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