17 nov

Velha Guarda da Portela :: Grupo musical ganha homenagem em curta-metragem animado

Idealizada por Paulinho da Viola, em 1970, a Velha Guarda da Portela tem um papel muito importante para a memória da cultura negra no Rio de Janeiro. E, agora, o tradicional grupo musical está sendo homenageado em uma animação! Intitulado Senhor do Trem, o curta-metragem será lançado no dia 21 de novembro, com uma grande roda de samba na Cidade das Artes (Av. das Américas, 5300). O evento, inteiramente gratuito, chamado de Samba das Artes, contará com a presença da Velha Guarda, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Fernando Procópio, Festa da Raça e da DJ Cris Pantoja nos intervalos. A festa acontecerá das 12h às 21h. Após a estreia, o curta ficará disponível em seu canal oficial. Segundo a produção, o filme é especialmente “direcionado ao público jovem” e é “contado através do samba, como grande representante da história afro-brasileira”.

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O projeto foi encabeçado pelos diretores Aída Queiroz e Cesar Coelho. No curta, o personagem Paulo da Portela (1901-1949) traz as memórias da cultura no Rio de Janeiro para uma adolescente que perdeu sua avó e com isso vai atrás das histórias que ela lhe contava, na intenção de continuar a se conectar com sua ancestralidade. Os artistas que dão vozes aos personagens do filme são Rodrigo França (Paulo da Portela) e Maria Salvadora (vó Badú). A música tema foi feita pela velha guarda especialmente para a obra e se chama Juras de Amor, escrita por Evandro Lima e Serginho Procópio.

Vale lembrar que o roteiro de Aída Queiroz, que também é a diretora de animação responsável pelo festival Anima Mundi, foi inspirado no texto Velha Guarda da Portela, de Marquinhos de Oswaldo Cruz. Segundo Wanderson Luna, presidente da Rede Carioca de Rodas de Samba, o principal desafio foi criar um conteúdo sem haver nenhuma inconsistência ou informações distorcidas. “A partir do texto do Marquinhos, foi possível elaborar uma história que perpassasse pela história do negro na capital carioca, desde a sua chegada no Cais do Valongo até os dias atuais em que o racismo estrutural permanece forte na sociedade brasileira“, afirma.

Victor Hugo Furtado

Fanático por cinema e futebol, é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Feevale. Atua como editor e crítico do Papo de Cinema. Já colaborou com rádios e revistas como colunista de assuntos relacionados à sétima arte e integrou diversos júris em festivais de cinema. Também é membro da ACCIRS: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e idealizador do Podcast Papo de Cinema. CONTATO: victor@papodecinema.com.br

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